segunda-feira, 22 de julho de 2013

No tempo em que as discotecas eram uma miragem

JOSÉ CARLOS SERRANO


Eu vivi essa ansiedade!

Quando era puto comecei a ouvir a música dos meus irmãos mais velhos, em casa.

Depois com os amigos, em tertúlias em casa de cada um.

As “festas de garagem”, as “festas convívio”, no Sintrense, na sala do judo, os bailes na Sociedade da Vila, no 1º de dezembro.

Eram as primeiras saídas, em grupo e a pé.

A primeira vez que entrei numa discoteca tinha ai 10 ou 12 anos.

Foi no Maria Bolachas!

Nessa altura ia acampar para a Praia das Maçãs, com os meus pais, com consentimento do proprietário, o João Tojal, fazíamos “campismo selvagem”, num pinhal nas traseiras da quinta.

Um dia á noite, depois de muito insistir e com a curiosidade dos sons que se ouviam pela noite dentro, um vizinho do campismo, super- castiço, lisboeta, bem vivido, disse: “puto, hoje vamos à discoteca!”, e assim foi.

Um cota e um puto!

Entrámos pela quinta, descemos e fomos pelas traseiras da discoteca.

Resumindo, foi “sol de pouca dura”, porque éramos dois “extraterrestres”, que acabávamos de ter entrado pelo jardim. Fomos logo postos na rua!

A segunda vez foi na Concha!

O DJ era o Joe. Verão quente, o centro do mundo era a Praia das Maçãs. Parece exagerado, mas era verdade.

Tinha para ai 14 ou 15 anos e lá estava eu, à porta, a ansiar por um descuido do porteiro, o Cartaxo.

Nessa altura a varanda prá piscina estava aberta e com ajuda de malta amiga dei o “ salto“, mas, mais uma vez, foi “sol de pouca dura”.

Fui “agarrado”!

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