quinta-feira, 5 de setembro de 2013

No tempo em que aprendi a patinar

JOSÉ CARLOS SERRANO


São honras e privilégios de malta de Sintra!

Os primeiros “passos” foram dados no meu quintal! Uns patins velhos ajustados aos sapatos e lá dei os primeiros tombos.

Os meus irmãos mais velhos jogaram no Sintra.

Desde de muito pequeno que me recordo de saltar o muro para ir ver os treinos deles. O portão que estava aberto, à noite, era o do Palácio Valenças, por isso, quem morava fora da Vila ou dava a volta ou saltava o portão da Volta do Duche. Era fácil, por detrás da casa do guarda, junto a uma árvore.

Comecei a dar as primeiras patinadelas no parque. Inscreveram me nos infantis. O treinador o Sr. Camilo.

Há coisas que não se esquecem. Limpar o ringue com o rodo para tirar a água ou as folhas e umas “pinhas”, que eram um perigo, caídas da araucária.

Não sei que idade tinha, mas o primeiro jogo que fiz correu mal. O guarda-redes ficou doente, então equiparam-me e fui prá baliza, coisa que nunca tinha feito. Jogo contra o Cascais, Um puto mais atrevido alçou do stick e “mandou uma bujarda” que me acertou na máscara.

Fui logo ao “tapete” e até vi estrelas.

 Não tinha de ser!!!

Continuei sempre a acompanhar o meu irmão, nos treinos e nos jogos, mística que recordo com muita saudade. Ver jogos no parque. Noites mágicas, as “multidões” que vinham ver os jogos.

Não tive grande futuro como jogador, mas continuei a ir patinar, era o Sr. Zé quem tomava conta dos patins e então, á tarde, era muito bom passar uns bocados a patinar no Ringue do Parque.



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