segunda-feira, 21 de outubro de 2013

No tempo em que comecei a tomar banho nos lagos de Monserrate

JOSÉ CARLOS SERRANO

 Para a malta de Sintra não era novidade, mas putos, de 13, 14 anos, irem a pé até aos lagos de Monserrate, para dar uns mergulhos, era atrevimento!
Assim que chegava o calor, toca a baldar às aulas e dar uns mergulhos.

Ir da escola, D. Carlos, em Lourel, até lá, a pé, era uma aventura.

Onde se tomava banho era no segundo lago, que era mais uma presa de água e que tinha uma muralha com uma comporta.

O primeiro lago tinha  nenúfares e ai não se tomava banho!

Havia malta mais velha que fazia o mesmo, mas ficavam nas margens. Parecia uma mini praia. Fazia umas clareiras e eles abancavam com as namoradas.

Nós, os putos, ficávamos no paredão, no topo, onde era a comporta para vazar o lago e mergulhávamos dali, ou de cuecas, ou sem nada, era muito bom, uma sensação de liberdade, era preciso era chegar a casa seco para não dar nas vistas.

Houve uma altura em que tínhamos um colchão insuflável, para brincar, ficava escondido, mas desapareceu.

Tínhamos a noção que o lago era fundo, mas ninguém abusava.



Velhos tempos!!!

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