segunda-feira, 27 de abril de 2015

Exéquias

ADELAIDE BERNARDO












Na minha morte

Não quero bandeiras a meia haste


O luto durará o necessário

A quem o sinta


As palavras e os silêncios

De mãos dadas

Guiar-nos-ão ao renascer

Que sempre sobrevém à ausência


A memória

Ilusória

Consumir-se-á no trânsito dos dias


O meu pó

Ao pó voltará

Remoinhado

No riso dos deuses

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